quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A todos vós...

BOAS FESTAS,

COM MUITA SAÚDE E FELICIDADE!!!

domingo, 28 de setembro de 2008

Mais uma frustração desportiva


Pensei, planeei e treinei o melhor que sabia e podia para o Campeonato Nacional de Maratonas em BTT e tudo estava a correr conforme planeado até ao 2º abastecimento, quando eu e cerca de 15-20 ciclistas seguimos em frente numa estrada de alcatrão, percorrendo mais 3 quilómetros, quando a estrada de terra batida para a qual deveríamos ter seguido estava muito mal assinalada. Daí em diante, tentei recuperar o máximo de lugares possíveis, mas não mais voltei a posicionar-me até final no lugar em que seguia aquando do "engano", terminando num 28º lugar final e 7º Veterano A, com o tempo final de 3:39:12, que me fez regressar de Sertã com um forte sentimento de frustração, sobretudo ao saber que um atleta que seguia atrás de mim antes do ponto crítico da prova, classificou-se em 15º lugar.


Não é justo ter treinado um Verão inteiro a pensar no Campeonato Nacional de XCM, apresentar-me em pico de forma e ser "presenteado" com uma prova com distância inferior à anunciada, muito mal marcada e muito perigosa em termos de segurança. Este último aspecto é inadmissível numa organização de um evento desta natureza. Pois, cruzámos imensas - diria mesmo, demasiadas - vezes estradas de alcatrão públicas onde não existiam elementos da organização ou por esta "recrutados" (ex: Escuteiros). Claro que temos que tomar as nossas precauções, mas foram cruzamentos de estradas e circulação dentro de povoações, onde, por vezes, eram os populares a indicar o caminho e a fazer parar o trânsito que por ali circulava. Eu tenho seguro desportivo, mas gostaria de nunca o utilizar, mas assim a probabilidade de recorrer aquele meio/serviço aumenta.
O sorriso engana; é "amarelo" ...e não é do pó da terra.

Tive oportunidade de demonstrar o meu descontentamento ao Sr. Delimino Pereira, que é o responsável pelo BTT nacional e aos membros da MONTYCIRCLEMIX. Acredito que a organização se tenha esforçado para proporcionar a prova aos participantes, mas falharam aspectos essenciais (marcação e segurança) naquela que é "apenas" a prova mais importante da época em termos de XCM.

Já sei que ao lerem esta mensagem algumas pessoas não vão gostar, mas não estou a faltar à verdade e com a minha crítica quero contribuir para um melhor BTT nacional.

Volto a recordar: Barcouço (Mealhada), em termos organizativos, proporcionou-me a melhor prova da Taça de XCM em que participei até ao momento. E não foi uma empresa de eventos a organizar a prova; foi uma colectividade, ou seja, amadores!

Dá que pensar!?
Nota: Agradecimento à Jubas/Anita pela bela fotos.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

1ª Maratona Rota Sopa de Pedra


No passado Domingo, 21 de Setembro, desloquei-me a Almeirim para disputar a primeira edição de uma maratona organizada pela Associação 20 kms de Almeirim.

Tal como eu previra, praticamente todo o percurso se desenrolou em estradões de terra batida que rasgavam os campos agrícolas daquele concelho ribatejano, sem desníveis acentuados e com uma dificuldade técnica muito reduzida. Resumindo, foi uma prova ideal para apurar a velocidade cruzeiro durante 3horas de esforço, ou, por outras palavras, foi sempre a "dar gás" e quase sempre com a "talêga metida".

Devido à fraca concorrência na prova de 80kms, lá me deixaram ficar em 3º lugar da geral e 1º veterano A, com o tempo de 3:05:05, à média horária de 25.4 km/h.


A próxima prova será "apenas" a prova-rainha do XCM nacional, ou seja, o Campeonato Nacional de Maratonas em BTT, Domingo, 28 de Setembro em Sertã. Já chega de azares em provas de âmbito nacional e ver se é desta que arranco um resultado de acordo com as minhas expectativas e ajustado ao trabalho de preparação para esta prova.




Taça de Portugal de XCM # 6

Na 6ª prova da Taça de Portugal de Maratonas em BTT, 14 de Setembro, Barcouço (Mealhada), após o 20º lugar alcançado na 5ª prova, tinha como objectivo mínimo igualar o resultado anterior.

Após um início de prova extremamente rápido, cerca dos 25 kms de prova, decidi abrandar o ritmo e integrar um grupo de atletas onde se encontrava o meu colega de equipa Valter Martins. Recuperado do esforço inicial e quando o percurso da prova mudou radicalmente do quase plano para as subidas íngremes, iniciei uma nova fase da corrida, ultrapassando sucessivamente vários adversários até atingir a 21ª posição e com fortes possibilidades de chegar ao 19º lugar.

No entanto, uma vez mais esta época, numa prova da Taça de Portugal, tive um problema mecânico grave, partindo a corrente da bicicleta a 2 kms da chegada, sendo obrigado a realizar praticamente toda a parte final do percurso a pé. Com este imprevisto, perdi 10-12 lugares, terminando em 31º lugar.

Colectivamente, ao ser o terceiro elemento da equipa, contribui para 8º lugar final, o que corresponde à melhor classificação de sempre da equipa em provas da Taça de Portugal de Maratonas.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

14º Circuito de BTT do Norte Alentejano, # 1 - Chança, Alter do Chão

A 14ª edição do Circuito de BTT do Norte Alentejano teve início na Freguesia de Chança, Alter do Chão, no dia 31 de Agosto, com a presença de 290 ciclistas, distribuídos pelas classes de promoção e federados e, dentro destas, competindo em diferentes provas, em função do escalão etário (género e idade).
Numa pista com 5200 metros de perímetro, onde a dificuldade técnica era reduzida, as subidas eram curtas e pouco inclinadas e predominavam os estradões em terra batida em comparação com os poucos single tracks (carreiros), os ciclistas puderam evoluir ao longo da respectiva prova em velocidades superiores ao normal para provas de btt de XCO (cross country olímpico).

Embora não esteja vocacionado para este tipo de provas mais curtas e, logo, mais intensas, entusiasmado com a estreia nesta prova, alinhei com mais 22 participantes à partida da prova destinada à categoria de Veteranos A (5 voltas) e obtive o 4º lugar, com o tempo final de 1:09:47, para percorrer os 27kms, à média de 23.5km/h.
No final, conclui que a participação nesta prova foi altamente benéfica e importante para a preparação da restantes provas da Taça de Portugal e Campeonato Nacional de Maratonas em BTT, manifestando o interesse em disputar já no próximo Domingo, 7 de Setembro, a 2ª prova deste circuito, a realizar em Gavião.

Férias productivas

Como já vem sendo hábito, as minhas férias de Verão têm encontro marcado com Trás-os-Montes e desta vez, foram 9 dias. Em termos de treino de Ciclismo em estrada, equivale a dizer que realizei:
- 8 sessões de treino;
- 656.9 kms;
- 23h47min13seg sentado...no selim da bicicleta;
- zero lesões;
- 1 competição (2º na geral, 1º Vet. A).
Foi um período de treino muito proveitoso tendo em vista o calendário de provas a realizar em Setembro, em particular, o Campeonato Nacional de Maratona em BTT.
Quanto à competição em Valpaços, e no que diz respeito à equipa que represento, fiquei plenamente satisfeito com o desempenho de toda a equipa e ficou provado que afinando alguns detalhes, podemos lutar pelos 10 primeiros lugares nas provas destinadas a amadores (Elites e Veteranos).
Quanto ao evento realizado em Valpaços, lamento por aqueles que ainda não se aperceberam do enorme potencial de desenvolvimento do ciclismo transmontano. Senão vejamos; realizar uma prova de ciclismo de estrada no dia 24 de Agosto, em Trás-os-Montes, no extremo do distrito de Vila Real e conseguir juntar 70 ciclistas federados e não federados, com condições de segurança acima da média, muito público e lanche final para todos os participantes é, no mínimo...fantástico! Parabéns à organização.
Lamentavelmente, quem decide não partilha comigo esta opinião e, muito menos, a vontade de transformar por completo a situação em que a modalidade se encontra naquela região.
A este ritmo, será necessário esperar várias décadas para que desapareçam muitos "velhos do Restelo", porque quem pode não quer e quem quer não manda.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Solidariedade ciclística

Caro visitante,

Por favor, leia, colabore e divulgue. Pode acontecer a qualquer um de nós algo parecido com a situação vivida pelo Paulo Pedro. (clique sobre o nome)

Obrigado pela compreensão!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

C.N. de XCO 2008


Um percurso de puro cross country em plena serra, num local com uma vista deslumbrante, foi o cenário escolhido pela organização para acolher os centenas de atletas que se deslocaram à pista de Soalhães, Concelho de Marco de Canaveses, com o objectivo de disputar o Campeonato Nacional de Cross Country Olímpico, nos dias 19 e 20 de Julho. Mas a anterior descrição do evento, corresponde a apenas uma parte do contexto onde as várias provas foram disputadas. Na verdade, os ciclistas de bicicletas de todo-o-terreno encontraram uma pista maioritariamente composta por singletracks, onde a pedra e o pó eram obstáculos constantes, como se as subidas íngremes e as descidas técnicas não fossem suficientes para colocar à prova a preparação física e a qualidade técnica dos atletas. Para juntar ao rol das dificuldades, falta referir que os mais de 60 atletas das categorias de veteranos A, B e C, partiram às 15:00 de Sábado, chegando a rodar na pista com 41º centígrados!


Apesar deste tipo de provas de cross country não serem nem a minha especialidade, nem uma prioridade, sempre me despertou o interesse e a motivação a participação em campeonatos nacionais. Alinhei à partida com mais 34 adversários e parti com o firme objectivo de tentar melhorar o 8º lugar da época passada. A primeira volta, como é normal, por ser decisiva para disputar a melhor colocação possível à entrada dos trilhos mais estreitos, foi bastante rápida. O ritmo inicial foi de tal forma intenso que à segunda passagem pela linha de partida ponderei desistir. Mas perguntei a mim mesmo: "Terei eu vindo de tão longe para desistir?". A resposta foi a opção por realizar a 3ª volta num ritmo que me permitisse recuperar um pouco, mesmo que para tal tivesse que deixar passar alguns adversários. Na 4ª e penúltima volta ao circuito, voltei a encontrar o meu ritmo e comecei a recuperar posições e mantendo esta aceleração, entrei na derradeira volta ao percurso de 5kms para ultrapassar 6 adversários e terminar num vigoroso sprint final na 12ª posição, com o tempo final de 2:05:03.

Apesar de não melhorado o resultado da época anterior (8º lugar), tendo em conta que foi o primeiro - e talvez único -, XCO da época e atendo às características do mesmo, foi um resultado muito bom e um excelente treino para melhorar a minha (pouca) técnica sobre a bicicleta de todo-o-terreno.

As próximas semanas, até final de Setembro, servirão de preparação para o Campeonato Nacional de XCM (maratona), a realizar a 28 de Setembro, em Sertã, no qual deposito expectativas mais elevadas, em termos de classificação geral, mas em particular no escalão de veteranos A, de modo a alcançar uma classificação que corresponda a todo o investimento em horas de treino e material desportivo realizado ao longo da presente época. Veremos se terei a merecida retribuição.

Agradecimentos especiais para:
- o downhiller madeirense Daniel Pombo, da Run & Bike de Chaves, pela ajuda mecânica;
- o pessoal de Amarante pelo precioso abastecimento líquido;
- os Amigos da equipa SKODA Irmãos Leite/A.C.R.T.X. Tourencinho, pelo transporte.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

DROESSIGER HT SL: Upgrades recentes


Descrição do veículo de competição:
1. Quadro: Droessiger HT SL, alumínio, tamanho M, 1470gramas,
2. Suspensão: Magura Durin 80mm, 1450gramas;
3. Caixa de direcção: PZ Racing CR 6.3;
4. Avanço: PZ Racing CR 2.2 em alumíno e carbono, 160gramas;
5. Guiador: PZ Racing A1XB em carbono, 130gramas;
6. Punhos: Ritchey WCS;
7. Espigão de selim: PZ Racing A2MB em carbono e alumínio, 238gramas;
8. Selim: Velo Pro, 224gramas;
9. Travões: Shimano XT 2008, discos de 160mm;
10. Rodas: DT Swiss XR 1540, convertidas em tubeless, 1540 gramas;
11. Pneus: Maxxis Larsen TT Lust, tubeless, 26x2.00, com NoTubes;
12. Pedaleiro: Shimano XT 2008;
13. Pedais: Exustar PM 25 Ti;
14. Corrente: Shimano XT;
15. Desviador: Shimano LX;
16. Mudança traseira: Shimano XT 2007;
17. Manípulos de mudanças: Shimano LX 2007;
18. Cassete: Sram PG 990, 11-32, 9vel;
19. Extensores de guiador: PRO Composite, 90mm;
20. Peso: 10,5kg;
21. Preço: nem à minha mulher digo :-D






quarta-feira, 16 de julho de 2008

Finalmente!!!

Após 4 provas da Taça de Portugal de Maratonas em BTT, onde registei uma série de problemas mecânicos e físicos que me impediram de obter uma classificação de acordo com as minhas ambições, finalmente, em Cantanhede, na 5ª Prova da Taça de Portugal de Maratonas em BTT, realizado no Domingo, 13 de Julho de 2008, consegui realizar uma prova muito regular.

Técnica colocada à prova

Ao longo de toda a prova consegui ultrapassar os sucessivos obstáculos de um percurso exigente em termos técnicos e gerir bem o meu esforço e a motivação, e sem descurar em momento algum a hidratação e a alimentação, fundamentais num esforço de longa duração como foi o caso desta competição.

Rehidratando constantemente

O resultado final de uma prova que para mim foi quase perfeita, traduziu-se num suado mas merecido 20º lugar da classificação geral e 6º Veterano A, com o tempo final de 3:55:28.

Sprint final

Agradecimentos finais pelo apoio e pela paciência para:
- Tomazzini, representados pelos irmãos Pedro e João Teixeira;
- José Azevedo, colega de equipa e Amigo de longa data;
- Hugo Santos, o mecânico de serviço.

Mais detalhes sobre esta prova em Clube do Mato BTT.

A próxima prova será o Campeonato Nacional de Cross Country Olímpico, no próximo Sábado, 19 de Julho, em Marco de Canaveses.

terça-feira, 15 de julho de 2008

4 Horas de Resistência Urbana em BTT

Partida da prova

Foi a primeira vez que participei numa prova de ciclismo com bicicleta de todo-o-terreno , mas em circuito urbano. Tive o privilégio de me estrear numa resistência urbana na lindíssima Cidade de Chaves e assim, percorrer algumas das ruas do centro histórico flaviense.
Pódio final

Mais satisfeito fiquei quando o resultado final que obtive nas "4 Horas de Resistência da Cidade de Chaves", realizado a 22 de Junho, me levou ao 3º lugar final e 2º Veterano A.

Parabéns à organização pela qualidade do evento, o qual merecia um número de participantes bem maior.

Equipa SKODA Irmãos Leite/ACRTX Tourencinho

segunda-feira, 23 de junho de 2008

I Maratona BTT Rota da Lagoa - Óbidos


No dia 15 de Junho de 2008, o Sport Clube do Bairro, em Óbidos, organizou a I Maratona BTT Rota da Lagoa. Antes de mais, quero dar os parabéns à organização pela qualidade geral do evento. Na minha opinião, fizeram bem em limitar as inscrições a 200 betetistas para a primeira edição. Assim, na segunda edição, com um limite de participantes superior, já podem melhorar o que não correu tão bem; e foram poucos os apectos menos positivos.



Achei muito interessante e positivo o facto de muitas pessoas não-jovens e sem qualquer experiência no assunto se envolverem na organização. Souberam receber bem os participantes e notou-se empenho para que tudo resultasse bem. E acho que, na generalidade resultou: não se verificaram atrasos significativos na partida; o percurso estava bem marcado; o percurso era bastante rolante e com umas "maldadezinhas" já no final, mas sem grandes dificuldades técnicas, com a excepção da areia característica da zona onde decorreu a prova; não teve motas a levantar pó; os banhos com água quente; a comidinha boa e servida à mesa, e; a entrega de prémios a horas. Gostei e aprendi com esta gente simpática!


Sugestões:
- fitas maiores, diferentes do habitual para causar maior contraste com a vegetação e mais próximas umas das outras;
- em alguns cruzamentos (poucos) a setas laranja estvam um pouco escondidas. Não nos perdíamos, mas enganavam à velocidade que alguns "cromos" se deslocavam;
- disponibilizar mais alicates para controlo dos participantes. Em grupos numerosos, a falta destes objectos e de prática, pode levar à perda de tempo desnecessário dos participantes e atrapalhação de quem está a picar o frontal;
- chamada ao pódio dos 3 primeiros classificados masculinos e femininos logo após a prova. Acho que fica bem consagrar logo ali, enquanto existe público, os melhores atletas. E, no final do almoço, fazer a entrega de prémios final a todos os que tiverem que ser chamados. Penso que uma situação não prejudica a outra.


Se tudo correr bem, até para o ano!



Classificação final:
1º Marco Sousa em 02:39:40

2º Bruno Sousa em 02:39:41

3º Rui Galinha em 02:45:33
4º Ismael Graça em 02:45:44

5º Hugo Moreira Pereira em 02:45:45
6º Pedro Pinheiro em 02:48:26 (3º Vet A)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

I G.P. da Batalha

Habituado que estou a competir em provas de ciclismo de estrada desde 1999, este tipo de competições são para mim uma rotina, ou seja, passa a ser quase tudo igual. Quase...porque de quando em vez surgem algumas surpresas muito agradáveis. Um dessas surpresas com bastante qualidade, quer em termos de condições para o público como para os atletas, foi o I G.P. de Ciclismo, realizado em Batalha na 3ª-feira, 10 de Junho. Na zona desportiva de Batalha, todos os agentes desportivos tinham à sua disposição tudo o que é essencial para o desenrolar de uma prova deste género: secretariado, balneários, casas de banho, bares, partida, meta, e sombras para o público se proteger do Sol intenso e, simultaneamente, visualizar as 8 passagens dos ciclistas após cada volta com cerca de 9,5 kms.
Quanto à prova, naquele quente feriado em que os ciclistas comemoraram à sua maneira o Dia de Portugal, ou seja, pedalando e sob uma temperatura (finalmente) típica de Verão, às 15:30, mais de uma centena de ciclistas de quatro categorias diferentes partiram decididos para enfrentar um circuito muito exigente fisicamente, no qual, logo após o primeiro quilómetro, surgia uma subida íngreme e longa, finda a qual se encontrava a meta de montanha. A descida que se seguia e uma secção em terreno plano, pareciam ser suficientes para recuperar antes da segunda subida, esta mais curta mas com uma percentagem de inclinação muito elevada, obrigando os ciclistas a pedalarem em pé e a utilizarem desmultiplicações reduzidas. No ponto mais elevado do percurso, o pelotão percorriam uma zona plana a qual, aparentemente, permitia alguma recuperação, não fosse o facto de alguns ciclistas acelerarem a corrida nessa fase, para impedir que os outros mais atrasados na subida anterior recolassem ao pelotão. Descendo vertiginosamente para a meta, volta após volta, o pelotão, cada vez menos numeroso, acelerava para cumprir a volta que se seguia.
O calor, o forte ritmo imposto pelos ciclistas mais bem preparados num percurso tipo "montanha russa" e o desgaste físico próprio de uma competição de ciclismo, foram fragmentando o pelotão e obrigando à desistência de muitos dos participantes que alinharam à partida. E, no final, ganhou mesmo o ciclista mais bem preparado para um percurso onde apenas os melhores conseguiam desafiar e vencer todas as dificuldades do dia: parabéns ao José Silva do Clube de Ciclismo de Salvaterra!!!
Tive oportunidade de elogiar o trabalho da organização junto do principal responsável pela mesma - o Joaquim Trindade -, bem como lança-lhe um desafio: organizar naquele circuito o Campeonato Nacional de Estrada para Veteranos A, B, e C.
Têm todas as condições para acolher para o sucesso dum evento com aquelas características.
Quanto ao que menos interessa - a minha classificação -, não terminei no pelotão...mas também não desiti.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Não sabe, não mexe!

Pratico desporto de competição desde os 12 anos de idade e sempre me habituei a realizar a minha prática desportiva com regras bem definidas. Nessas regras, incluem-se os espaços/recintos de jogo com todas as áreas, linhas e percursos, de preferência, bem marcados e sem margem para dúvidas, fossem os de desportos colectivos ou os dos desportos individuais. Assim, no Atletismo, por exemplo, quando fazia salto em comprimento, sabia que tinha que realizar a corrida de balanço num corredor, fazer a chamada sem pisar a areia/plasticina e cair na caixa de areia para depois o salto ser medido. Mas, quando fazia corta-mato, aparentemente, poderia ser mais complicado. Mas só aparentemente, porque a organização tinha o cuidado de definir e marcar bem o percurso e nós, os atletas, fazíamos o reconhecimento do mesmo para termos a certeza que não iríamos ser surpreendidos pela negativa.
Quando passei para o Duatlo e Triatlo, os percursos cobriam áreas muito maiores e, sobretudo, em águas abertas, para nos orientarmos a bóias de grandes dimensões são uma ajuda preciosa. Quanto aos percursos de ciclismo e corrida, de vez em quando, surgem situações de dúvida e, algumas das quais, podem representar perigo de vida para os atletas, caso estes não redobrem a atenção.
No último ano e meio, passei a dedicar mais tempo ao treino e competição em bicicletas de todo-o-terreno. Prática esta que é muito do meu agrado, por ser realizada com o meu veículo preferido - a bicicleta - e por estar em contacto com a natureza, com tudo o que a mesma nos proporciona, inclusive, os percursos com altimetria de grande contraste e/ou com obstáculos naturais para transpor. Não sou dotado de grande técnica, mas noto uma considerável evolução, desde o início desta nova aposta competitiva até ao presente momento, fruto de um aumento progressivo das horas de treino, mas também de uma melhoria significativa do material utilizado.
Quando circulo sozinho em treinos, o meu sentido de orientação não é particularmente apurado, mas também não me perco irremediavelmente numa floresta e acabo por encontrar ao fim de pouco tempo o tal trilho que me leva de volta ao percurso previamente definido.
Mas, em competição, é OBRIGAÇÃO da organização definir um percurso ciclável, medi-lo com rigor, sinalizá-lo por completo - pelo menos, com setas no chão, fitas e placas bem visíveis e relativamente próximas umas das outras -, para que, como costumo dizer por piada, até um "míope, daltónico e sem qualquer sentido de orientação" possa realizar sozinho todo o percurso do início até final sem se enganar e perder uma única vez que seja e, por último, oferecer condições de segurança (telemóveis de emergência, elementos da organização bem identificados ao longo de todo o percurso, forças policiais em locais de passagem por estradas de alcatrão, assistência médica junto do locais mais perigosos, estando estes previamente identificados e sinalizados, etc).
Contudo, actualmente, é moda, realizar eventos destinados a bicicletas de todo-o-terreno; não faltam de Norte a Sul e Ilhas de Portugal, no mesmo fim-se-semana, passeios, raids e mini-raids, maratonas e meias-maratonas, travessias e outras designações apelativas para chamar participantes, umas vezes pelo percurso, outras pelos prémios finais. Como consequência da proliferação destes eventos, até já há participantes a puxarem da calculadora para fazerem contas sobre qual o evento que oferece melhores condições (valor da inscrição, brindes finais, almoço, lavagem das bicicletas, etc) e menos despesas (combustível, portagens, alimentação, dormida, valor da inscrição) para depois esgrimirem argumentos nos fóruns da especialidade. Certo! Estão no seu direito de o fazerem e cada um deve orientar a sua prática da actividade física de acordo com as suas motivações.
Voltando às organizações de eventos para bicicletas de todo-o-terreno e resumindo por agora o assunto: nem todas têm qualidade para realizar estes eventos. Ora porque não têm conhecimentos suficientes ou por insuficientes recursos materiais, humanos e financeiros e, mais garve, quando acumulam ambas dificuldades, e, nestes casos, não deveriam sequer pensar em organizar algo para o qual não têm capacidade, sob pena de poder colocar em perigo a segurança e saúde dos participantes ou, no mínimo, dar origem a situações de conflito entre participantes e entre estes e a organização, por exemplo, quando um percurso não está bem marcado e origina dúvidas e enganos.
Para concluir, condeno em particular as organizações que por capricho de um ou vários elementos ou por visarem o lucro com a realização do evento, iludem os participantes e, no final, constatasse a inequívoca falta de qualidade do produto final apresentado. Por isso, fica um conselho: se não sabem, não mexam!!!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Recomendação de blogue

Recomendo a visita regular e divulgação do seguinte blogue:

http://saldosdesportivos.blogspot.com

Espero que seja do seu agrado.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Campeonato Nacional de Estrada - Master`s/Veteranos

Grândola recebeu no Domingo, 25 de Maio e pelo segundo ano consecutivo, o Campeonato Nacional de Estrada para os escalões de Master`s/Veteranos A, B e C. Temia-se que a chuva viesse a prejudicar todo o trabalho da organização e colocasse dificuldades acrescidas à centena e meia de ciclistas inscritos e respectivo staff de apoio, na disputa da prova máxima destes escalões de amadores na vertente de ciclimo de estrada. No entanto, com algum Sol, pouca nuvens e vento reduzido, criaram-se condições climatéricas propícias para a prática da modalidade.

O programa das provas comtemplava um total de duas voltas grandes para os ciclistas Master C (+49 anos) o que correspodia a 82 km, duas voltas grandes e uma volta pequena para a categora Master B (39-49 anos), correspondente a 106 kms e, finalmente, os ciclistas Master A, realizaram duas voltas grandes e duas voltas pequenas, num total de 130 km.


Em termos desportivos, este evento foi muito atípico, porque,uma vez mais, para se poupar tempo e, sobretudo, dinheiro, todas as categorias partiram em simultâneo, para irem terminando à medida que cumpriam as voltas previstas no programa da competição. Todas as restantes categorias do ciclismo de estrada têm os seus campeonatos nacionais com provas em separado, ao contrário do que acontece nestas categorias. Este facto altera por completo a estratégia de cada equipa, bem como o esforço individual de cada atleta nesta prova em concreto, uma vez que ciclistas de diferentes categorias podem ajudar ou prejudicar a acção, o esforço e o resultado final uns dos outros, algo que não aconteceria em provas com os ciclistas a competirem única e exclusivamente com atletas do respectivo escalão. Para fundamentar a minha opinião dou alguns exemplos sem referir nomes ou equipas: ciclista da categoria A a ajudar colega de equipa da categoria C ou ciclista da categoria A de uma equipa a tentar anular o esforço de um ciclista da categoria B de outra equipa.

Sem dúvida que com estas acções não se cometeram violações ao regulamento da prova, mas com provas em separado por categoria, não tenho dúvidas que alguns resultados seriam diferentes e a classificação final de cada categoria sofreria susbtanciais alterações.
De qualquer forma, aos vencedores deve ser reconhecido o mérito e fica aqui registado o meu reconhecimento público pelo seu esforço, bem como dos colegas de equipa que contribuiram para o sucesso individual de cada novo Campeão Nacional de Estrada na respectiva categoria.



Resultados finais:

Veteranos A
1. Gualdim Carvalho (Clube de Ciclismo do Litoral Alentejano) Campeão Nacional
2. David Caetanita (Clube de Ciclismo do Litoral Alentejano)
3. Paulo Martins (G.D.Janotas & Simões)

Veteranos B
1. Vitor Faria (G.D.Janotas & Simões) Campeão Nacional
2. Luis Gomes (Clube de Ciclismo do Litoral Alentejano)
3. Eduardo Madeira (Clube de Ciclismo do Litoral Alentejano)

Veteranos C
1. Tito Timoteo (Silvino J. Silva/S.C. Vila Verde) Campeão Nacional
2. Armindo Pereira (Silvino J. Silva/S.C. Vila Verde)
3. Manuel Carvalhosa (Rodabike)

Quanto à minha participação, faltou-me treino específico para acompanhar e recuperar das sucessivas mudanças de ritmo impostas na última volta, chegando integrado no grupo da frente, em 15º lugar, mas com muita fadiga muscular e sem qualquer reserva energética que me permitisse efectuar um bom sprint e terminar num lugar honroso. Não tendo melhorado o meu 9º lugar de 2005, ainda assim, e após dois anos sem concluir esta prova, conseguir alcançar o meu objectivo principal: chegar inteiro ao final da prova!!!

De realçar ainda no campo dos resultados desportivos, os meu colegas de equipa, Carlos Martins, ao classificar-se em 4º lugar e David Amaro, em 10º lugar, bem como a equipa SKODA Irmãos Leite/ACRTX Tourencinho, que colocou 3 atletas nos 15 primeiros lugares.

Notas finais:

1. Parabéns à organização por proporcionarem: indicações para chegar ao local da prova, partida a horas, sinalética no percurso, segurança e assistência médica garantidas, controlo anti-doping, balneários de apoio, entrega dos prémios pouco tempo após a prova.

2. Lamentavelmente, assisti a mais algunas cenas nada dignas de cidadãos e desportistas.

3. Agradecer as bonitas fotos do João Fonseca.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Alentejo, plano? Acho que não...

Taça de Portugal de Maratonas em BTT, etapa número 4, em Estremoz, no dia 18 de Maio, foi a prova de que é puro engano dizer-se que o Alentejo é plano. O percurso foi para mim um desafio constante à minha forma física do momento e à minha capacidade técnica para me manter em cima da bicicleta a subir, descer, curvar e ultrapassar os vários obstáculos que iam surgindo pelo caminho.

Vista panorâmica da Serra d´Ossa

Em termos de mecânica, após resolver o problema dos travões - causado por um aprendiz de mecânico de bicicletas -, com a compra de um conjunto novo, não tive grandes preocupações a este nível, a não ser logo no início da competição, por me ter esquecido de ajustar os parafusos dos pedais, o que me obrigou a uma rápida paragem. Daí para a frente, a maior preocupação era gerir o esforço ao longo dos 78 quilómetros da prova, sem sofrer acentuadas quebras físicas ou por em risco a minha saúde em consequência de alguma queda, originada por excesso de velocidade ou outra manobra mais arriscada.


A expressão facial não engana: aquilo estava mesmo a custar!

Assim, quilómetro após quilómetro, lá fui levando a Droessiger HT SL da linha de partida até à meta, sem grandes percalços ou sobressaltos, concluindo a prova em 3:55:11, classificando-me no 47º lugar da geral individual e 22º Veterano A, contribuindo para o 11º lugar colectivo da equipa Dinazzo/Droessger/Clube do Mato.

A próxima competição será no próximo Domingo, 25 de Maio, em Grândola, onde irei participar no Campeonato Nacional de Estrada para Veteranos A, B e C.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Vençam-me, mas não me façam de parvo!!! - Parte 2

Nota introdutória: não sei se este post irá "acalmar o fogo" ou "colocar mais lenha na fogueira". A minha intenção é, apenas e só, esclarecer ponto por ponto.

Assim, após recolher algumas opiniões sobre a primeira parte deste título, convém que fique (ainda) mais claro o seguinte:
Ponto 1 - O Contra-Relógio por Equipas de Constantim é uma prova fantástica! Que a organização não deixe de a realizar e elevem-na para o patamar seguinte.
Ponto 2 - Na prova em que eu participei TODOS os FACTOS ocorreram. Efectivamente duas equipas do mesmo clube foram beneficiadas. E, lamento, mas se formos pelo caminho de que o regulamento é omisso, então, uma qualquer equipa, numa próxima edição, reservasse no direito de colocar um camião à frente dos atletas para fazerem toda a prova atrás do mesmo. E ninguém poderá reclamar. Porquê? Porque o regulamento é omisso! Acho que não é este o caminho que queremos seguir. Pois não?
Ponto 3 - As equipas benficiadas não tiveram qualquer intenção de retirar vantagem daquelas duas situações. Aceito! Mas, se eu encontrar uma carteira com dinheiro e documentos, como faço: tiro o dinheiro e entrego às autoridades policiais? ou; entrego a carteira tal como a encontrei às autoridades policiais? A resposta fica na consciência de cada um.
Ponto 4 - A autoridade presente na prova, sendo a mais entendida no assunto, quando foi apresentada reclamação, a avaliar pela resposta emitida, tinha conhecimento dos factos. O que fez? Nada! Então era suposto eu ficar sorridente e calado com a situação? Felizmente, estamos numa democracia e é por esse motivo que me é permito escrever tal como o faço agora e, sobretudo, tendo a plena consciência de que não ofendi nem difamei ninguém. Lá que não tenham gostado das palavras escritas na primeiro parte eu aceito. Eu também não teria gostado se fosse alvo de crítica pública, mas se essa mesma crítica não faltasse à verdade, que poderia eu fazer? Nada!
Ponto 5 - Por tocar nesse assunto, aceito e agradeço sugestões para saber como informar sobre a designação das equipas beneficiadas sem mencionar o nome. Parece-vos tarefa complicada? NUNCA foi minha intenção prejudicar as equipas e seus atletas, o clube e os respectivos patrocinadores. Mas, as tais equipas e os atletas que as compunham foram, de facto, beneficiadas. Ninguém me nomeou porta-voz de qualquer outro atleta ou equipa, mas os outros atletas e as outras equipas foram prejudicados, e isto aceitando de boa fé que as tais equipas não tiveram qualquer intenção de praticar aqueles actos, mais que não fosse por puro desconhecimento ou descuido em relação ao que estavam a fazer.
Ponto 6 - Para quem assitiu aos factos e se apercebeu do mesmos, ficou claro que as tais equipas foram beneficiadas - mesmo que não o procurassem ser -, e ficou no ar a dúvida se não teriam sido "protegidas" pela organização, simplesmente por não se aplicar aquilo que é a norma em provas de ciclismo em circuitos fechados ou em contra-relógios.
Ponto 7 - Quando escrevi: "E, já agora, nem ousem “espernear”! E sabem bem porquê…" não é uma ameaça, nem um aviso, mas sim frizar que não há como desmentir - e daí as aspas -, os factos. Ainda assim, peço desculpa se as minha palavras ofenderam alguém.
Ponto 8 - Quando escrevi: "Tenham vergonha, deixem de ser frustrados e apareçam às provas onde os regulamentos e o desportivismo são respeitados!!!", exagerei e peço desculpa.
Ponto 9 - Quando escrevi "Espero encontrar-vos no dia 25 de Maio em Grândola, no Campeonato Nacional de Estrada para Veteranos A, B e C.", é um desafio genuíno e normal entre adversários que vivem e respeitam a competição e a suas regras e regulamentos omissos ou oficiais.
Ponto 10 - Não é minha intenção fomentar eventuais rivalidades e quero passar despercebido em relação a isso. Mas, factos são factos.
Nota de encerramento: com todo o tempo que investi neste esclarecimento, já tinha feito uns quilómetrozitos :-)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Ciclista Bruno Neves faleceu em prova

Eu não o conheci pessoalmente, mas presto homenagem ao homem, cidadão e ciclista Bruno Neves, com 26 anos, que faleceu este domingo após uma queda na fase inicial da Clássica de Amarante, em Ciclismo de Estrada, a contar para a Taça de Portugal de Elites.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Vençam-me, mas não me façam de parvo!!! -Parte 1

O Contra-Relógio por Equipas em Ciclismo, organizado pela Delegação de Vila Real do Inatel e pelo Clube de Cicloturismo de Constantim, é uma prova única no nosso país, já que é destinada a ciclistas amadores federados ou não, com idade superior a 15 anos de idade. Como vem sendo hábito, a 3º edição desta prova foi realizada no passado Domingo, 11 de Maio, na variante à A24, entre duas rotundas, situadas à entrada da localidade de Constantim. O formato em que se disputa a prova é extremamente simples: as 12 equipas presentes, divididas em federadas e não federadas, cada uma com 4 a 6 ciclistas, são divididas por séries, partindo duas equipas de cada vez, em sentido opostos, tentando cada uma realizar as cinco voltas ao percurso em circuito completamente fechado, no menor tempo possível, sendo contabilizado para efeitos de tempo final, o tempo efectuado pelo terceiro elemento de cada equipa.

Pessoalmente, considero que esta prova apresenta um enorme potencial que ainda não foi explorado, tendo em conta: a inexistência de outras provas com estas características para ciclistas amadores, em especial, os não federados; a lista de prémios aliciantes; os acessos ao local da prova; a proximidade de balneários de apoio; o facto de ser disputada em circuito completamente fechado é uma mais-valia para a segurança dos ciclistas; o público pode assistir ao decorrer de toda a prova sem se deslocar. Com uma forte divulgação através dos meios de comunicação local e regional, das associações regionais e clubes de ciclismo, bem como a afixação de cartazes em pontos estratégicos no Concelho de Vila Real e outros concelhos limítrofes, Constantim, poderá vir a ter uma prova de referência no plano ciclístico amador português. Resta saber se existe interesse e empenho para tal; esperemos que sim!

No entanto, e apesar de todos os aspectos positivos anteriormente referidos, a edição deste ano, na qual também participei, ficou manchada por dois acontecimentos de clara e total ausência de desportivismo por parte de duas equipas do mesmo clube, com total conivência da organização.

No momento não apresentei reclamação, por respeito a quem competia fazê-lo, mas neste espaço que é meu, expresso a minha indignação e repulsa pelos factos ocorridos, os quais foram presenciados por todos quantos assistiam à referida prova.

Primeiro facto lamentável: na série em que a minha equipa – SKODA Irmãos Leite/ACRTX Tourencinho - correu, partimos cinco ciclistas, dos quais dois, a dado momento, ficaram irremediavelmente para trás e, numa das cinco voltas, dobrámos a equipa adversária. Nesse momento, um ou vários elementos da equipa Sprint Bike/Ciclomotores Campeã/CC Vila Real, passaram a circular imediatamente atrás do terceiro elemento da minha equipa, ou, como se diz na gíria do ciclismo, “andaram na roda”. A minha equipa acabou por fazer o 2º melhor tempo final;

Segundo facto lamentável: na última série do dia, a equipa principal da Sprint Bike/Ciclomotores Campeã/CC Vila Real, partiu com mais de três elementos. No entanto, logo após a primeira volta, um dos ciclistas, parou literalmente a sua prova, sendo que a sua equipa ficou apenas com três elementos a disputar o contra-relógio. Mas, para surpresa de todos os que assistiam à prova, o ciclista que estava parado, volta à prova assim que os restantes três elementos de equipa lhe dão uma volta de avanço, começando, de novo, a repartir os esforço da corrida entre os quatro elementos e, já no final, antes da quinta e última volta, atrasa-se de novo em relação aos outros três elementos.

Para um leigo na matéria, estes factos lamentáveis, passariam totalmente despercebidos, mas para quem percebe o mínimo de ciclismo, sabe que em qualquer prova, oficial ou clandestina, destinada a amadores ou profissionais e realizada em circuito fechado, qualquer ciclista que seja dobrado pelo pelotão deve abandonar a prova de imediato, ou pelo menos, se a organização decidir “fechar os olhos” à infracção, esse(s) ciclista(s), não devem ajudar quem os dobrou, nem sequer seguir na sua roda. Ou seja, em ambos os casos lamentáveis anteriormente descritos, a decisão correcta e justa por parte da organização, para com TODAS as restantes equipas, seria a desclassificação imediata das equipas que praticaram estes actos, curiosamente – ou talvez não -, estes actos foram praticados pela equipa Sprint Bike/Ciclomotores Campeã/CC Vila Real.

No final da prova, o Director Desportivo da SKODA Irmãos Leite/ACRTX Tourencinho, apresentou reclamação sobre o sucedido, em particular, relativamente ao segundo facto lamentável, dirigindo-se ao representante da organização, o qual remeteu resposta para o Presidente da Associação de Ciclismo de Vila Real, Sr. Basílio. Incredulamente, para quem ouviu a resposta, o mais alto responsável pelo ciclismo na região de Trás-os-Montes e Alto Douro respondeu “Não faz diferença; irem três ou irem quatro a puxar o resultado seria o mesmo”.

Não é preciso ser-se um especialista em ciclismo, basta a experiência do dia-a-dia de trabalho, para perceber que uma tarefa dividida equitativamente por quatro elementos empenhados, será realizada muito mais rapidamente do que sendo apenas por três elementos, tal como o Contra-Relógio por Equipas de Constantim. Parece que o Sr. Basílio, que inclusivamente já foi ciclista, foi a única pessoa, naquele momento, que não percebeu ou não quis perceber a diferença e não fez o que deveria ter feito, ou seja, desclassificar as duas equipas Sprint Bike/Ciclomotores Campeã/CC Vila Real!!!

Por outro lado, se mais alguém optar por ser defensor da tese do Sr. Basílio, deixo as seguintes questões:
- por que motivo a equipa Sprint Bike/Ciclomotores Campeã/CC Vila Real não se apresentou na linha de partida apenas com três ciclistas?
- por que motivo o ciclista da equipa Sprint Bike/Ciclomotores Campeã/CC Vila Real se atrasa e volta de novo à prova após ser dobrado?

Terei todo o prazer em disputar o 4º Contra-Relógio por Equipas de Constantim, mas tendo em conta os factos ocorridos, e para que não subsistam mais dúvidas e desperdício de tempo, proponho o seguinte: a organização reserva o primeiro lugar – ou mesmo os primeiro e segundo lugares -, para as equipas da Sprint Bike/Ciclomotores Campeã/CC Vila Real e as restantes equipas que se apresentarem para disputar a prova já sabem com o que vão contar e lutam pelos restantes lugares da classificação.

Podem vencer-me e reconhecerei o mérito e darei os meus parabéns aos vencedores, desde que consigam a vitória honestamente. Mas, por favor, não tentem fazer-me de parvo!!!

E, já agora, nem ousem “espernear”! E sabem bem porquê…

Tenham vergonha, deixem de ser frustrados e apareçam às provas onde os regulamentos e o desportivismo são respeitados!!!

Espero encontrar-vos no dia 25 de Maio em Grândola, no Campeonato Nacional de Estrada para Veteranos A, B e C.

domingo, 11 de maio de 2008

Resumo de participação em competições

Recentemente, participei nas seguintes competições:

1. 1º Prémio de Ciclismo José Amaro (Estrada),
Realizado nos dias 12 e 13 de Abril de 2008, em Grândola, com 3 etapas e um total de 218kms. Resultados finais: 15º na geral individual e 9º Veterano A, com 5:22:23, à média de 39km/h. Colectivamente, a equipa que represento, a SKODA Irmãos Leite /ACRTX Tourencinho, ficou classificada em 7º lugar. Individualmente, venceu Mário Fernandes do G.D. Janotas & Simões e, colectivamente, saiu vencedora a referida equipa.

2. Taça de Portugal de XCM # 3 (BTT)
Realizada no dia 25 de Abril de 2008, em Alte, com 77kms percorridos sob calor intenso, classifiquei-me em 47º da geral, com 3:41:25, entre 175 atletas à partida. Colectivamente, a equipa que represento, a DINAZOO/DROSSIGER/Clube do Mato, classificou-se em 12º lugar, entre 15 equipas classificadas.

Os 6 ciclistas da Dinazoo/Droessiger/Clube do Mato: Pedro Pinheiro, Ângelo Costa,

Rodrigo Garcia, Valter Martins, José Azevedo, David Amaro.




sexta-feira, 9 de maio de 2008

DROESSIGER SLS: a nova máquina de competição!

Apresento-vos a minha nova bicicleta de estrada a utilizar em treinos e competições nas épocas de 2008 e 2009. Com 8,00kg e algumas alterações por realizar, as quais irão retirar mais algumas centenas de gramas, a DROSSIGER SLS, além de esteticamente muito agradável - apesar da sua configuração e aparência simples -, é uma bicicleta muito fácil de manobrar, notando-se claramente a aplicação de energia do utilizador a cada pedalada, no movimento/deslocamento final da máquina.


Para experimentar este ou outros modelos e solicitar informações sobre as bicicletas DROESSIGER, poderá contactar o importador nacional - TOMAZZINI - sediado em Marinha Grande.



DROESSIGER SLS "peça a peça":

1. Quadro: totalmente em carbono, "Superlight Series" 999 gr.;
2. Forqueta: totalmente em carbono;
3. Espigão de selim, guiador e avanço: PZ Racing alumínio;
4. Selim: PZ Racing/Vélo branco;
5. Pedaleiro e pratos: SHIMANO Ultegra 39/53 e crencos 172,5mm;
6. Desviador traseiro: SHIMANO Ultegra;
7. Desviador dianteiro: SHIMANO Ultegra;
8. Corrente: SHIMANO Ultegra;
9. Cassete: SHIMANO Ultegra 11-23;
10.Travões: SHIMANO Ultegra;
11. Rodas: FULCRUM Racing 1;
12. Pneus: CONTINENTAL Grand Prix 4000 S;
13. Pedais: LOOK Jalabert;
14. Peso: 8.00 kg;
15. Suportes de bidão: MIGHTY em carbono;
16. Ciclómetro: SIGMA 906;
17. Preço: não digo porque é segredo :-) .




quinta-feira, 17 de abril de 2008

Estreia na Taça de Portugal de XCM 2008


A segunda prova de Taça de Portugal de XCM realizada em Tábua, representou para mim a estreia nesta competição, constituída por 7 provas pontuáveis para um ranking final, cujo vencedor será aquele que mais pontos acumular após a realização da edição deste ano de 2008.

Apanhado de surpresa, tal como os restantes ciclistas, pela súbita subida de temperatura naquele Domingo, 6 de Abril, senti no organismo, desde o início da prova e ao longo da mesma os efeitos da desidratação, cumulativamente com o ritmo elevado imposto logo após o tiro de partida, na tentativa de recuperar lugares na classificação, de modo a compensar a posição atrasada em que me encontrava, uma vez que, os atletas são chamados para a linha de partida em função do lugar que ocupam no ranking e como eu não tinha pontos, fiquei no último terço dos 185 participantes na prova.

Ainda assim, consegui nos primeiros 20 quilómetros recuperar bastantes lugares, sobretudo nas subidas mais difíceis, tentando recuperar do esforço nas partes planas ao seguir "na roda" dos adversários e defendendo-me de possíveis quedas nas descidas, onde a minha técnica ainda por apurar, não me permite arriscar o que quer que seja. No entanto, e fruto de uma má gestão da reposição de líquidos, mas sobretudo devido à deficiente ingestão de gel e barras energéticas, senti uma progressiva quebra física até aos 40-50 quilómetros. E quando já me preparava para seguir apenas até à linha de meta sem me preocupar com a classificação final, eis que me ultrapassa a primeira senhora - a atleta polaca a residir em Portugal, Magdalena Balana -, o que fez soar de imediato em mim todas as campainhas de alerta e voltar a ter a cabeça e o corpo em prova, para na subida seguinte deixar para trás esta atleta de muito bom nível e, também, recuperar mais algumas posições que tinha vindo a perder na fase de desmotivação, permitindo-me, ainda assim, terminar no 43º lugar da geral e 16º veterano A, em 4horas13minutos e 52 segundos, entre 121 atletas federados que concluíram esta prova com 83 quilómetros de distância e 2200 metros de desnível acumulado.

É um facto que não melhorei a minha melhor classificação numa prova da Taça de Portugal de XCM - 23ºlugar em Vila de Rei, 2007 -, mas pelo menos, consegui não desistir e aprendi a gerir melhor o esforço e a reposição regular de líquidos e energia ao longo duma prova com estas características.

sábado, 5 de abril de 2008

I Volta ao Concelho de Almodôvar

Na estreia desta prova no calendário nacional de ciclismo para Masters/Open, eu e mais 4 ciclistas da equipa SKODA Irmãos Leite/ACRTX Tourencinho, alinhámos à partida para realizar esta competição, dividida em dois dias e 3 etapas.
Resumo dos resultados:
- Sábado, 29 de Março, 90.2 kms em 2h20min26seg à média de 40.2km/h, 16º da geral e 5º veterano A;
- Domingo (manhã), 30 de Março, 64 kms em 1h46min04seg à média de 36.2km/h, 23º da geral e 11º veterano A;
- Domingo (tarde), 30 de Março, contra-relógio individual de 12.5kms em 20min43seg à média de 36.2km/h, 22º da geral e 10º veterano A;
- Classificação final: 18º na geral, 8º veterano A, em 4h25min59seg à média de 37.6km/h.

O vencedor final foi o ciclista Célio Apolinário, do G.D.Janotas & Simões.

Balanço final: foi um resultado positivo, mas apesar de recuperar muito bem dos esforços mais intensos, ainda sinto falta de ritmo competitivo.

Próxima prova: 2ª prova da Taça de Portugal de Maratonas em BTT , Tábua, Domingo, 6 de Abril de 2008, 80kms.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Páscoa 2008

Vista da Cidade de Vila Real e da Serra do Alvão a partir do C.C.D.V.
Como manda a lusitana tradição, na Páscoa, visitam-se os familiares, sobretudo, os que se encontram mais distantes geograficamente e que menos vezes encontramos ao longo do ano. Em 2008, não se registou qualquer excepção e rumei ao norte do país, percorrendo os 300 kms que separam Rio Maior de Nogueira, concelho e distrito de Vila Real, região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Além deste ansiado, desejado e entusiasticamente celebrado reencontro com os familiares directos da minha esposa, para mim, é igualmente uma oportunidade para partilhar alguns momentos com uns amigos que fiz por aquela bela região de Portugal, graças à paixão que nos une e nos move: o ciclismo!
Quem não pode, não sabe ou não quer apreciar o verde dos campos, os vales e os montes, os socalcos e as vinhas neles plantados, o granito das casas típicas, os animais nas pastagens, resumindo: as paisagens e a simplicidade das gentes; não chega, mínimamente, a saber o que desperdiça, mesmo que leia todos os livros do mais célebre e aclamado poeta daquela região: Miguel Torga.
Felizmente, sempre que o tempo o permite, tenho a possibilidade de satisfazer dois desejos em simultâneo: pedalar e desfrutar de tudo o que Trás-os-Montes tem de melhor. E, o resultado desses "passeios" traduz-se no seguinte:
- Sexta-feira, 21/03, 173,6 kms em 5h59min40seg;
- Domingo, 23/03, 109,7 kms em 4h12min09seg;
- Segunda-feira, 24/03, 101,7 kms em 3h46min53seg.
Muito obrigado aos colegas e amigos da equipa de ciclismo amador SKODA Irmãos Leite/ACRTX Tourencinho por me guiarem e acompanharem nos treinos.

domingo, 16 de março de 2008

Estreia em provas de estrada

Casais Penedos, próximo de Cartaxo, marcou a minha estreia com a camisola da equipa SKODA Irmãos Leite/ACRTX Tourencinho em provas de estrada, na época de 2008. Prova disputada num circuito com 2,4km, percorrido pelos ciclistas Elites Amadores e Veteranos A durante 20 voltas, à interessante média final de 40,7km/h, tendo saído vencedor o ciclista João Portela do G.D. Janotas & Simões.

Desde o apito inicial que as sucessivas mudanças de ritmo impostas por ciclistas de diferentes equipas, cuja acção foi facilitada por um perfil de percurso praticamente plano e sem grandes dificuldades técnicas, foram desgastando as energias do pelotão. E numa das raras tentativas de fuga bem sucedidas, cerca da 14ª-15ª volta, oito ciclistas isolam-se do restante pelotão, sendo eu um dos elementos do grupo. Embora não existisse o necessário entendimento para que a vantagem aumentasse em relação ao pelotão, mas com o intencional abrandamento deste e mais alguns "esticões" e "sticadas" - como se usa na gíria do ciclismo -, lá chegámos à última curva antes da recta da meta sem sermos "engolidos" pelo pelotão. Ainda bem, porque assim ainda foi possível realizar o 11º lugar da geral e 5º Veterano A.


Para mim, este resultado teve tanto de positivo como de surpreendente, tendo em conta que até ao momento não tinha realizado qualquer treino específico para adquirir ritmo competitivo adequado a provas de estrada e, muito menos, em circuito. Pois, em termos de planeamento de treino, ainda me encontro numa fase em que a preferência recai sobre o aumento gradual e controlado do volume de treino e não no aumento da intensidade; e é por este motivo que esta primeira prova me deixou com bons indicadores de treino e, simultâneamente, com mais expectativas em relação ao desenrolar da época.

Nos dias 29 e 30 de Março, na 1ª Volta ao Concelho de Almodôvar, ao longo das três etapas - uma no Sábado de 90km e duas no Domingo com 60km de manhã e contra-relógio individual de 13 km à tarde -, irei tentar confirmar ou não os indicadores da prova de hoje.

quarta-feira, 5 de março de 2008

SKODA Irmãos Leite / ACRTX Tourencinho - 2008

Foto 1 - Equipa com equipamento oficial de competição


Foto 2 - Equipa com fato de lazer/passeio


Foto 3 - Treino de conjunto (140kms)


Foto 4 - Acabadinho de acordar :-)


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Resistência às 6 horas de esforço


No passado dia 17 de Fevereiro, participei na 7ª Resistência 6 horas de BTT, prova muito bem organizada pela Associação Recreativa e Desportiva de Outeiros da Gândara, Marrazes, Leiria. Ao longo de um percurso muito agradável e de baixo nível técnico e físico, com um perímetro de 9 quilómetros, desenhado quase na sua totalidade em estradas e caminhos florestais, cerca de 150 participantes pedalaram durante 6 horas, tanto a solo como em pares.
Em termos de resultados finais, a solo, venceu João Marinho do S.C.L. Marrazes/BIKEZONE Leiria, realizando 15 voltas em 6h17:52 e a pares, venceram Ivo Santos e Daniel Pacheco da BTTerra, percorrendo 16 voltas em 6h05:18. Em representação da equipa Dinazzo/Drossiger/Clube do Mato, realizei 13 voltas em 6h01:24, ou seja, 114,9 quilómetros, obtendo o 9º lugar da geral e 7º Elite.

Foi um bom treino-teste às minhas capacidades do momento, numa fase em que a preocupação principal é realizar um bom volume de treino, servindo este de base para atingir os principais picos de forma da época em Maio e Setembro.