domingo, 30 de junho de 2013

Hérnia inguinal

Hérnias inguinais: Ponto fraco


É aproveitando um ponto fraco na parede abdominal que se formam as hérnias inguinais. Dor nas virilhas é o principal sintoma deste problema de saúde que é quase exclusivo dos homens.
É nos homens que as hérnias inguinais surgem com mais frequência, numa proporção de dez para um em relação às mulheres. E a explicação para esta diferença remonta à própria gestação.

Nos fetos masculinos os testículos formam-se no interior do abdómen, após o que se deslocam ao longo do canal inguinal até ao escroto, o saco que os envolve. Pouco depois do nascimento, este canal fecha-se quase por completo, deixando apenas espaço suficiente para o cordão espermático - a estrutura que contém os vasos deferentes através dos quais circula o esperma. É uma abertura mínima, assim se impedindo que os testículos possam regressar ao abdómen. Por vezes, contudo, o canal inguinal não fecha adequadamente, deixando uma área vulnerável. É nesse ponto fraco que surgem as hérnias.

E acontecem quando o tecido mole, geralmente uma parte do intestino, ou gordura atravessam esse ponto, devido ao aumento da pressão no interior do abdómen, dando origem a uma bolsa saliente no baixo abdómen, junto às virilhas. Do simples desconforto à dor intensa, os sintomas da hérnia inguinal agravam-se quando é exercida maior pressão no abdómen. Pode ser a força exercida para levantar um objecto pesado, o excesso de peso, o simples gesto de se inclinar ou o esforço associado à expulsão das fezes ou à micção. Até um acesso de tosse ou uma crise de espirros podem deixar os músculos abdominais mais vulneráveis.

São dois os tipos de hérnia inguinal.

A congénita, ou indirecta, que está relacionada com o desenvolvimento intra-uterino, e a directa, associada ao desgaste natural dos tecidos e músculos abdominais ao longo da vida adulta. Ambas afectam sobretudo os homens, ainda que também possam ocorrer nas mulheres. A gravidez - devido à pressão exercida sobre o abdómen - é o momento mais crítico para o sexo feminino.

Ser do sexo masculino é, por assim dizer, um factor de risco, mas há outros: ter antecedentes familiares ou pessoais, sofrer de doenças como a fibrose quística, ter nascido prematuro e manter uma ocupação profissional que exija longos períodos de pé ou esforço físico intenso. O excesso de peso e a gravidez também têm influência, o mesmo acontecendo com a tosse e a prisão de ventre crónicas.

Antes que estrangule

As hérnias inguinais não são perigosas em si próprias, mas podem complicar-se e pôr mesmo a vida em perigo. A maioria alarga com o passar do tempo, pressionando os tecidos circundantes e estendendo-se para o escroto, aí causando inchaço e dor.

O maior risco acontece quando uma parcela do intestino fica presa no ponto fraco da parede abdominal - é a chamada hérnia encarcerada, fonte de dor intensa, náuseas, vómitos e incapacidade de expulsar as fezes. Quando há bloqueio da passagem de sangue para a porção do intestino que ficou presa fala-se em hérnia estrangulada, condição que pode conduzir à morte dos tecidos. Dor súbita que se agrava em pouco tempo, febre e batimentos cardíacos acelerados são sintomas deste estrangulamento, constituindo uma situação de emergência médica.

É o que acontece no extremo se a hérnia não for reparada. A cirurgia é a solução para aliviar o desconforto e a dor e prevenir complicações, podendo realizar-se pela via mais tradicional - aberta - ou através de laparoscopia, menos invasiva. A decisão é tomada em função das particularidades de cada caso.

De uma forma ou de outra, já muito se evoluiu e a reparação cirúrgica de uma hérnia inguinal já não implica longas hospitalizações, sendo a recuperação mais fácil e mais rápida.

Fontes:


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quadro partido: conclusões

Para encerrar o assunto do quadro de bicicleta em carbono, partido no decorrer do segmento de ciclismo do Triatlo olímpico de Lisboa de 2012 (
devido a um dos muitos buracos no pavimento,  venho por este meio tornar público que após o pedido de indemnização por danos materiais devidamente fundamentado e enviado para a Câmara Municipal de Lisboa, o referido pedido foi recusado, tendo sido utilizados para fundamentar a decisão, entre outros, alguns argumentos bastante hilariantes:
- a prova foi uma organização conjunta da CML e da FTP, mas esta última é que aprovou o percurso e, portanto, estava tudo em condições;
- se houve acidentes, os acidentados que se socorram do seguro da FTP;
- o piso do percurso estava em excelente estado, exceto em algumas (poucas) zonas junto à bermas.

Conclusões:
- a culpa foi minha por gostar de fazer uma prova de Triatlo num local 100% seguro, promovendo a modalidade e a cidade de Lisboa;
- mandei-me para o chão para experimentar a capacidade de resistência do quadro ao impacto, bem como, para recordar o efeito do alcatrão a queimar a pele e a provocar ferimentos que me proporcionaram fantásticas noites de alucinantes insónias;
- quem tomou estas decisões não deve ter o cú calejado do selim da bicicleta, nem marcas no corpo de várias quedas, mas;
- prestou um grande serviço à autarquia, ao poupar os 2500€ de indemnização (já deve dar para umas almoçaradas) e a caminho estimulou a economia nacional, porque fui obrigado a levantar dinheiro das poupanças para comprar um quadro novo;
- basta de ingratidão da minha parte, despedindo-me com amizade e um forte agradecimento à autarquia lisboeta.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Triatlo de Oeiras | 09/06/2013 | Balanço

A equipa do OSC/IPA obteve uma excelente classificação coletiva, ao classificar-se no 9º lugar, num universo de 29 equipas pontuadas no Triatlo do Ambiente, em Oeiras, no passado domingo, 9 de Junho de 2013. A classificação obtida é valorizada pelo facto da prova em questão contar para o Campeonato Nacional de Clubes da Federação de Triatlo de Portugal, por terem alinhado à partida mais de 300 triatletas e, acima de tudo, porque todos os atletas do OSC/IPA são trabalhadores a tempo inteiro, com família e, ainda assim, praticam a modalidade com enorme gosto, prazer e empenho diário, mas que implica uma gestão apertada de todas as suas rotinas diárias para assim poder dedicar um número considerável de horas ao treino semanal e às competições nos fins-de-semana.

Tendo em consideração a importância da competição em causa, por ser mais uma etapa do Campeonato Nacional de Clubes da F.T.P. e por ser uma das provas mais antigas do calendário nacional, já com quase 30 edições, o Triatlo de Oeiras é sempre uma prova muito concorrida, tanto na prova principal, como na prova aberta que junto mais de 120 participantes. Em ambas as provas, e tendo em conta as curtas distâncias e os percursos de ciclismo e corrida muito rápidos da Avenida Marginal, os ritmos de prova foram elevadíssimos. Em termos absolutos, os vencedores foram Gil Maia (Clube dos Galitos) no sector masculino e no sector feminino, a triatleta olímpica brasileira Pâmella Oliveira (C.D. os Águias de Alpiarça).

A nível particular, apesar das correntes marítimas terem prolongado o segmento de natação, penso que, em termos relativos, realizei o melhor desempenho da época, para de seguida entrar na rotina habitual: puxar que nem uma mula por um imenso pelotão, com pouca colaboração, e por vezes quando existe é feita fora do contexto ou então para sprintar em direção ao parque de transição e a corrida final é um "aguenta-te como podes" até à meta. Mas foi muito bom encerrar desta forma a época de 2013.

Resumo da prova:
1. Natação (0,750 kms): 00:14:15;
2. Ciclismo (19,3 kms), 00:31:59;
3. Corrida (4,8 kms): 0:18:11;
4. Tempo final: 1:04:26;
5. Classificação final absoluta: 45º lugar absoluto (301 triatletas na linha de partida e 292 triatletas na linha de meta);
6. 16º Sénior em 113 participantes do escalão;
7. 9º lugar coletivo em 29 equipas pontuadas.
Um agradecimento muito especial aos elementos do Oeiras Sport Clube/International Police Association, pelo apoio, companheirismo e amizade.

Mais informações em: 

Federação de Triatlo de Portugal
 
Próxima competição: talvez somente em 2014.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Triatlo de Oeiras | 09/06/2013 | Divulgação

No próximo domingo, em Oeiras, em representação do Oeiras Sport Clube/International Police Association, irei realizar a última competição antes de uma paragem forçada para corte e costura prolongada.

Se tudo correr bem, após participar em dez competições pelo OSC/IPA, em termos individuais, mas também coletivos, o balanço é francamente positivo, mesmo que a época de 2013 termine já no próximo domingo.

Extremamente positivo também tem sido o apoio dos dirigentes e patrocinadores, bem como o ambiente criado nas atividades realizadas e o empenho dos atletas da equipa, desde o primeiro dia em que aceitei representar o OSC/IPA. Muito obrigado a todos!


Boa prova em Oeiras para todos!

Mais informações em: 

Federação de Triatlo de Portugal

sábado, 1 de junho de 2013

Triatlo de Peniche | 01/06/2013 | Balanço

Ao disputar o último campeonato nacional na condição de atleta sénior na modalidade de Triatlo, dificilmente poderia alcançar melhor resultado do que aquele que foi obtido ontem, no Triatlo de Peniche, numa prova onde o Triatlo é uma festa sempre bonita. Deixar para trás o dorsal azul com o título de Vice-Campeão Nacional de Triatlo por Grupos de Idade, no grupo dos 35 aos 39 anos, deixa-me plenamente realizado em termos desportivos. 
 
Foi uma luta dura desde o início da prova, entre os mais de 260 triatletas dos vários grupos de idade à partida. Após sair da água com um parcial muito interessante, o esforço habitual no segmento de ciclismo colocou-me na luta pelos lugares do pódio, e na corrida, apesar da dificuldade em tentar saber onde estavam todos os mais diretos adversários, mantive um bom posicionamento em termos absolutos. No final da prova, apenas em conversação com os outros participantes é que consegui perceber o lugar final no escalão. Tendo em conta o valor dos meus adversários, o 2º lugar ficou um pouco acima das expetativas. Mas ainda bem!
 
Nada do que se passou ontem foi fácil, nem isento de custos. Para satisfazer esta necessidade, este gosto, este prazer, este vício com quase três décadas(!), deixei momentaneamente para trás toda a família, num almoço de várias celebrações, vivendo momentos que não posso nunca recuperar. Não sei se justifica a minha ausência egoísta, mas quando regressei, senti-me feliz, aliviado e realizado, e se tivesse ficado no convívio familiar a comer as alheiras e a beber as minis que sorriam para mim, por certo, iria estar insuportavelmente ansioso, chato e na engorda. A vida é mesmo feita de opções!
 

Resumo da prova:
1. Natação (0,750 kms): 00:12:30;
2. Ciclismo (22 kms), 00:37:10;
3. Corrida (4,8 kms): 0:16:39;
4. Tempo final: 1:06:21;
5. Classificação final absoluta: 24º lugar absoluto (262 triatletas na linha de partida e 257 triatletas na linha de meta);
6. V
ice-Campeão Nacional de Triatlo por Grupos de Idade, no grupo dos 35 aos 39 anos.


Um agradecimento muito especial aos elementos do Oeiras Sport Clube/International Police Association, pelo apoio, companheirismo e amizade.

Mais informações em: 

Federação de Triatlo de Portugal
 
Próxima competição: Triatlo do Ambiente, em Oeiras, 9/06/2013