segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Terminei a oitava maratona em oito tentativas, ou seja, com maior ou ainda maior dificuldade, consegui sempre alcançar o objetivo básico a que me propus: cruzar a linha da meta. Porém, ao chegar ao Parque das Nações, vindo de Cascais, onde se iniciou a Maratona de Lisboa de 2014, a principal conclusão que retiro é a seguinte: por muito que se saiba e por muito que se ensine, por vezes, são essas pessoas a cometer os erros mais básicos. Foi o que me aconteceu ontem!

Quando me propus treinar para o mítico evento desportivo da corrida a pé, tinha consciência da falta de bases de treino nos meses anteriores. Pese embora este facto, conceber um plano de treinos para cumprir ao longo de 10 semanas, à razão de 4 treinos semanais de corrida, era mais do que suficiente para concluir mais uma vez o desafio. Por outro lado, também era claro e óbvio que tal planeamento seria manifestamente insuficiente para terminar com 3:00:00 de prova e, muito menos, para bater o recorde pessoal do ano 2000, com o registo de 2:45:16

Aos longo de 2 meses e meio, treinei regularmente e bem, sem grandes constrangimentos e tudo indicava que poderia concluir a prova num tempo final entre as 3:10-3:15, sem dificuldades de maior. No entanto, na linha de partida, cometi o único erro que ditou o desfecho final: segui o ritmo do atleta que marcava o ritmo de prova para o tempo final de 3:00:00. Até aos 15 kms, não senti qualquer dificuldade, mas à passagem pela 1/2 Maratona já estava em esforço acima do desejável para manter o ritmo de 4'16"/km e quando passei ao 25 km já tinha a certeza que não iria terminar a prova em nenhum dos tempos finais inicialmente previstos. Aliás, a cada passada dada, a cada metro percorrido, já só tinha uma certeza: que iria chegar à meta com imensas dificuldades. E assim foi, arrastei-me de forma cada vez mais lenta, embora sem parar ou caminhar, ao longo de 17kms até passar pelo pórtico da meta.

Fica para a minha história, mais uma aprendizagem (dolorosa) para preparar os próximos desafios de forma mais realista e humilde.

Por fim, os meus mais sinceros parabéns ao Paulo Durão e ao Paulo Sá. É de louvar todo o esforço, empenho e sacrifícios que estes dois amigos investiram na preparação à séria neste maravilhoso evento desportivo. Não é nada fácil, trabalhar todo o dia, como responsáveis de empresas e no final da jornada de trabalho, vestir o equipamento, calçar as sapatilhas e cumprir mais uma sessão do plano de treinos. E desta vez, cumpriram tudo com maior rigor, de tal forma que mereciam ter batidos os recordes pessoais por uma margem ainda maior. Boa recuperação e decidam qual vai ser a próxima. Cá estarei para colaborar no que for possível.

Nota: a Maratona de Lisboa de 2014 foi concluída por 2851 participantes.

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