A segunda prova de Taça de Portugal de XCM realizada em Tábua, representou para mim a estreia nesta competição, constituída por 7 provas pontuáveis para um ranking final, cujo vencedor será aquele que mais pontos acumular após a realização da edição deste ano de 2008.
Apanhado de surpresa, tal como os restantes ciclistas, pela súbita subida de temperatura naquele Domingo, 6 de Abril, senti no organismo, desde o início da prova e ao longo da mesma os efeitos da desidratação, cumulativamente com o ritmo elevado imposto logo após o tiro de partida, na tentativa de recuperar lugares na classificação, de modo a compensar a posição atrasada em que me encontrava, uma vez que, os atletas são chamados para a linha de partida em função do lugar que ocupam no ranking e como eu não tinha pontos, fiquei no último terço dos 185 participantes na prova.
Ainda assim, consegui nos primeiros 20 quilómetros recuperar bastantes lugares, sobretudo nas subidas mais difíceis, tentando recuperar do esforço nas partes planas ao seguir "na roda" dos adversários e defendendo-me de possíveis quedas nas descidas, onde a minha técnica ainda por apurar, não me permite arriscar o que quer que seja. No entanto, e fruto de uma má gestão da reposição de líquidos, mas sobretudo devido à deficiente ingestão de gel e barras energéticas, senti uma progressiva quebra física até aos 40-50 quilómetros. E quando já me preparava para seguir apenas até à linha de meta sem me preocupar com a classificação final, eis que me ultrapassa a primeira senhora - a atleta polaca a residir em Portugal, Magdalena Balana -, o que fez soar de imediato em mim todas as campainhas de alerta e voltar a ter a cabeça e o corpo em prova, para na subida seguinte deixar para trás esta atleta de muito bom nível e, também, recuperar mais algumas posições que tinha vindo a perder na fase de desmotivação, permitindo-me, ainda assim, terminar no 43º lugar da geral e 16º veterano A, em 4horas13minutos e 52 segundos, entre 121 atletas federados que concluíram esta prova com 83 quilómetros de distância e 2200 metros de desnível acumulado.
É um facto que não melhorei a minha melhor classificação numa prova da Taça de Portugal de XCM - 23ºlugar em Vila de Rei, 2007 -, mas pelo menos, consegui não desistir e aprendi a gerir melhor o esforço e a reposição regular de líquidos e energia ao longo duma prova com estas características.
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