Este blogue é especialmente dedicado ao desporto. No entanto, não posso, não devo, nem consigo alhear-me do que se passa ao meu redor, na sociedade.
Aconteceu o que já se esperava - e por muitos, desejável -, a demissão do Primeiro Ministro Eng.º José Sócrates. A crise arrastava-se há anos, não apenas por culpa deste (des)governo, mas por um acumular de erros e estratégias políticas dos vários (des)governantes, os quais estão conduzir o país, uma vez mais, à dependência da ajuda externa.
Até o cidadão mais desatento e desinteressado pelo fenómeno político-partidário, chega à clara e óbvia conclusão que, os partidos políticos não têm interesse genuíno no sucesso da nossa nação. Têm sim, interesse em sobrepor o seu partido aos restantes, e colocarem-se no topo da hierarquia, rotativamente, para daí retirarem dividendos pessoais e para toda a estrutura que os elevou ao ponto mais alto de exploração dos recursos do país. Chegados ao poder, a prioridade não é multiplicar o que já existe; a urgência é dividir pelos membros do partido e grupos económicos o pouco que ainda resta.
O dia de ontem provou que os líderes dos partidos são rancorosos, motivo pelo qual este governo foi deixado a arder em lume brando, para vingar uma não muito longínqua dissolução da Assembleia da República.
Os humanos podem ser políticos, mas uma vez políticos, a maioria perde a sensibilidade humana, e tornam-se animais vorazes à procura de recursos frágeis: uns abutres, portanto!
E aqui entra o desporto!
Excluindo a dopagem e os batoteiros por outras vias, no desporto, individual ou colectivo, os atletas treinam e competem para atingir um determinado objectivo, cumprindo as regras da modalidade elevando gradualmente os níveis de performance pessoais e da modalidade que praticam.
Sobretudo nas provas colectivas, sejam estafetas, em embarcações, num pavilhão, ao ar livre, na água, na areia ou na relva, conseguimos observar que para além do objectivo individual, cada atleta dá o melhor de si pela sua equipa, pelo seu clube, pela sua nação. É cada vez mais frequente constatarmos, que as equipas, clubes e até nações, são compostas por atletas com diferentes origens sociais, económicas, culturais e até de países de diferentes hemisférios, todos com o objectivo de contribuir com o seu esforço individual para o sucesso colectivo.
O nosso país, os nossos políticos e governantes, têm a partir de hoje (mais) uma oportunidade de fazer algo de útil pelo pais, em vez de apenas por eles próprios e pelo seu partido, unindo-se e trabalhando em conjunto, formando a melhor selecção nacional possível, com um único objectivo: passar das eliminatórias às finais, dos lugares de despromoção para a discussão de títulos, do fundo da tabela para a luta pelas medalhas.
Será que os políticos, finalmente, vão aprender alguma coisa com o desporto?
Ou vão continuar a marcar golos na própria baliza?
Aconteceu o que já se esperava - e por muitos, desejável -, a demissão do Primeiro Ministro Eng.º José Sócrates. A crise arrastava-se há anos, não apenas por culpa deste (des)governo, mas por um acumular de erros e estratégias políticas dos vários (des)governantes, os quais estão conduzir o país, uma vez mais, à dependência da ajuda externa.
Até o cidadão mais desatento e desinteressado pelo fenómeno político-partidário, chega à clara e óbvia conclusão que, os partidos políticos não têm interesse genuíno no sucesso da nossa nação. Têm sim, interesse em sobrepor o seu partido aos restantes, e colocarem-se no topo da hierarquia, rotativamente, para daí retirarem dividendos pessoais e para toda a estrutura que os elevou ao ponto mais alto de exploração dos recursos do país. Chegados ao poder, a prioridade não é multiplicar o que já existe; a urgência é dividir pelos membros do partido e grupos económicos o pouco que ainda resta.
O dia de ontem provou que os líderes dos partidos são rancorosos, motivo pelo qual este governo foi deixado a arder em lume brando, para vingar uma não muito longínqua dissolução da Assembleia da República.
Os humanos podem ser políticos, mas uma vez políticos, a maioria perde a sensibilidade humana, e tornam-se animais vorazes à procura de recursos frágeis: uns abutres, portanto!
E aqui entra o desporto!
Excluindo a dopagem e os batoteiros por outras vias, no desporto, individual ou colectivo, os atletas treinam e competem para atingir um determinado objectivo, cumprindo as regras da modalidade elevando gradualmente os níveis de performance pessoais e da modalidade que praticam.
Sobretudo nas provas colectivas, sejam estafetas, em embarcações, num pavilhão, ao ar livre, na água, na areia ou na relva, conseguimos observar que para além do objectivo individual, cada atleta dá o melhor de si pela sua equipa, pelo seu clube, pela sua nação. É cada vez mais frequente constatarmos, que as equipas, clubes e até nações, são compostas por atletas com diferentes origens sociais, económicas, culturais e até de países de diferentes hemisférios, todos com o objectivo de contribuir com o seu esforço individual para o sucesso colectivo.
O nosso país, os nossos políticos e governantes, têm a partir de hoje (mais) uma oportunidade de fazer algo de útil pelo pais, em vez de apenas por eles próprios e pelo seu partido, unindo-se e trabalhando em conjunto, formando a melhor selecção nacional possível, com um único objectivo: passar das eliminatórias às finais, dos lugares de despromoção para a discussão de títulos, do fundo da tabela para a luta pelas medalhas.
Será que os políticos, finalmente, vão aprender alguma coisa com o desporto?
Ou vão continuar a marcar golos na própria baliza?
4 comentários:
Permito-me assinar por baixo. Mas tal como o Pedro deixou transparecer, também não acredito que esta gentalha aprenda com o desporto e atletas. Artur Almeida
Brilhante reflexão Pedro...Eu tenho esperança séria num futuro melhor. Gostaria de saber que estamos a lutar por deixar um futuro melhor aos nossos filhos.
Gostei do texto e espero que quem de direito siga o conselho, deixando para trás as vaidades e pondo para trás das costas os interesses pessoais e partidários
Também gostei do que li, Pedro.
Mas, que futuro terá este mundo quando para sermos bem sucedidos temos de aniquilar ou humilhar os nossos parceiros desta aventura que é a Humanidade? Como alicerçar as ideias de fraternidade, solidariedade, democracia, pluralismo, justiça, quando elas se arquitectam em comportamentos ambíguos, justificações ignóbeis ou atitudes de um cinismo atroz, perante a fome, a pobreza, a indignidade da condição humana, amiúde tratada com gritante indiferença? Talvez por isso os políticos nunca tenham querido saber gerir um nação. Talvez por isso também o nosso silêncio tenha alguma responsabilidade na manutenção desta situação.
Um abraço.
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