domingo, 6 de dezembro de 2009

Ciclismo: a guerra das idades.

Comecei no Ciclismo Amador em 1999, na extinta categoria de Ciclodesportistas, com o objectivo de me preparar melhor para as provas de Duatlo e Triatlo. Assim me mantive até 2004, ano em que passei a Veterano A. De 1999 a 2003, nunca houve polémica em relação aos Ciclodesportistas - os quais seriam actualmente Elites Amadores -, e nesse tempo, por exemplo, tínhamos o Fernando Mota e o Rui Rodrigues a ganhar muitas provas, com Veteranos A a trabalhar para as vitórias deles. O que é que mudou na actualidade?
De facto, acho injusto e incorrecto que um atleta acabado de sair de uma equipa de Sub-23 ou um ex-profissional, passe de imediato para os amadores (Elites e Masters). Isto sem passar por um período de "quarentena" de 2 anos. Contudo, não se deve recriminar as equipas que "contratam" estes atletas; os seus responsáveis fazem apenas os que os regulamentos da FPC lhes permitem fazer.
Penso não estar errado se afirmar que em Espanha, os atletas podem optar por ficar em equipas exclusivamente de Sub-23/Elites Amadores e que ainda pretendem ascender a profissionais ou fazer parte de equipas puramente amadores (Sénior ou Masters) que não pretendem ascender a profissionais. Desconheço se neste último caso, existem quota, ou seja, por cada 3-4 Masters pode a mesma equipa integrar uns ciclistas Sénior.
Resumindo a minha opinião e visão sobre as provas de Elites Amadores e Masters, para um Ciclismo inclusivo, competitivo, honesto e repleto de desportivismo:
1. Concordo com a presença de ciclistas Elites Amadores no pelotão Masters, desde que, período de transição 2 anos após os Sub-23 ou Profissionais. Betetistas, Duatletas e Triatletas e quem nunca foi ciclista deveria aceder sem restrições;
2. Estabecer quotas, ou seja, por cada 3-4 ciclistas Masters, na equipa, os seus responsáveis poderiam inscrever 1 ciclista Elite Amador;
3. Campeonato Nacional e Volta Masters, como até aqui, apenas para estas categorias;
4. Em vez de Taça Nacional de Veteranos, seria, Taça Nacional de Amadores (Elites e Masters);
5. Sempre que possível, sobretudo em circuitos, diferente número de voltas por categoria, tal como sucede no Campeonato Nacional;
6. Classificações separadas para todas as categorias;
7. Abolição de todo e qualquer prémio pecuniário individual e colectivo;
8. Transferir os prémios pecuniários - referidos no ponto 7 -, para ajudas de custo ao quilómetro, em função da sede da equipa;
9. Controlos anti-doping surpresa (urina e sanguíneo) antes do Campeonato Nacional e Volta Masters.
10. Controlos anti-doping (urina e sanguíneo) durante o Campeonato Nacional e Volta Masters.
Questão final: será que alguém da UVP/FPC lê e tem em consideração as nossas (ciclistas amadores) opiniões?

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