Amigos e Amigas, o Clube de Natação de Rio Maior celebra em 2011 as suas Bodas de Prata , ou seja, fundado em 8 de Outubro de 1986, perfaz 25 anos de existência. O CNRM tem mais alguns dias de existência, do que eu tenho de prática desportiva de competição. E mais: foi o meu primeiro clube, no qual, durante várias épocas, sob orientação do Sr. Jorge Miguel, fiz a minha formação desportiva de base, percorrendo todos os escalões, desde infantis até sénior.
Representei o CNRM nas modalidades de Atletismo e Triatlo, pelo qual conquistei títulos locais, regionais e nacionais.
A saída do CNRM marcou-me negativamente, quando o próprio presidente de então, em 1998, me acusou de não ser atleta do clube, apenas e só porque não queria pagar-me as despesas e apoios acordados. Tive que lhe mostrar uma folha de classificação do Campeonato Nacional de Triatlo de 1998 para lhe provar o contrário. Mas a dívida ficou até hoje.
Este acontecimento pessoal, é apenas um exemplo daquilo que se repetiu várias vezes ao longo da história do clube mais representativo de Rio Maior, a tal "Cidade do Desporto".
Aliás, a génese do CNRM está intimamente ligada a interesses políticos e financeiros, ou seja, o Clube de Natação de Rio Maior, não tinha a modalidade de Natação - e não teve durante vários anos - , simplesmente porque a criação do clube também serviu para reclamar e justificar a captação de verbas para a construção das piscinas municipais cobertas de 25 metros.
Salvo raras excepções e momentos da sua história, o CNRM esteve demasiado vinculado, dependente e controlado pelo poder político local, fato que, em determinados momentos, quando tudo corria bem e o entendimento era bom e os interesses eram comuns, proporcionou estabilidade à instituição. No entanto, em determinados momentos, o CNRM, foi claramente prejudicado, ora por projetos megalómanos, ora por presindentes sem projetos, ou então, devido a relações mais tensas entre a direção e o poder local.
Atualmente, o CNRM vive e sobrevive sob um clima de aparente(?) tensão e guerrilha entre a direção e o poder local, marcado de forma indelével por interesses político-partidários opostos. É fácil, é óbvio, chegar-se à conclusão sobre quem sai a perder neste braço de ferro de interesses.
A provar esse facto, existe outro facto: nem por parte da atual direção, nem por parte da autarquia, nem sequer por parte da imprensa (?) riomairorense, existiu qualquer celebração, homenagem ou menção pública, em relação às Bodas de Prata do Clube de Natação de Rio Maior.
A provar esse facto, existe outro facto: nem por parte da atual direção, nem por parte da autarquia, nem sequer por parte da imprensa (?) riomairorense, existiu qualquer celebração, homenagem ou menção pública, em relação às Bodas de Prata do Clube de Natação de Rio Maior.
É "isto" a Cidade do Desporto?
Após 25 de vida, o clube de Susana Feitor, Inês Henriques, João e Sérgio Vieira, Duarte Marques, Pedro Oliveira, Carlos Calado, Vera Santos e tantos outros nomes menos titulados, passa assim ao lado da "Cidade do Desporto"?
Será este um bom exemplo de dirigismo desportivo e de política desportiva municipal?
Felizmente, um ex-atleta do CNRM lembrou-se, convidou e organizou um almoço-convívio informal entre dirigentes, técnicos e atletas, do passado e do presente. Foi ótimo rever, cumprimentar e falar com amigos e amigas ligados à modalidade e ao clube.
Mas só falámos do passado e do presente a título pessoal, familiar, profissional e desportivo.
Acerca do futuro do Clube de Natação de Rio Maior, muitos lamentos e dúvidas.
Sem comentários:
Enviar um comentário