A Federação de Triatlo de Portugal e a Câmara Municipal de Vila Viçosa, merecem ser reconhecidas e felicitadas por organizarem uma prova que nunca deveria ter deixado de pertencer ao calendário de provas nacional: o mítico Triatlo de Vila Viçosa.
Sempre foi e sempre será uma competição de referência para todos os triatletas, sobretudo para os que pretendem colocar à prova a sua condição física do momento, na distância olímpica do Triatlo, tanto mais que, este ano, a natação - na Barragem de Lucefecit -, foi realizada sem fato isotérmico e o percurso de ciclismo, como sempre, foi realizado no sentido sul para norte, mas desta vez sem ser permitido circular em pelotão ou "na roda" dos adversários, dificultando ainda mais a passagem pelas várias subidas, com a agravante de, boa parte do percurso, ter que se pedalar com o vento contra. A corrida final, já dentro de Vila Viçosa, é o habitual carrossel pelas ruas forradas com paralelos, num constante sobe-desce, onde se inclui as quatros passagens pelo belíssimo castelo. Resumindo: é uma prova para "duros"!
O mais duro e rápido de todos foi o triatleta José Veiga - ainda júnior -, do Clube Olímpico de Oeiras, necessitando "apenas" de 1:58:04 para concluir a prova. No sector feminino, também da mesma equipa, venceu a triatleta Bárbara Clemente, em 2:17:30.
Algumas sugestões para a organização:
1. A primeira volta da natação deveria ter sido a mais curta e depois a mais longa. Tal como acontece no atletismo. Assumo que desconheço esta parte do regulamento de competições, mas acho que ter-se-ia evitado a dobragem de atletas mais lentos por parte dos mais rápidos, bem como, as eventuais dúvidas acerca de parciais obtidos por algum atleta, caso este só tenha efectuado a volta maior;
2 Abastecimento líquido no ciclismo. Algures no final de uma subida, teria sido agradável receber uma garrafa com água. Pois, a temperatura bem que se fez sentir;
3. O trânsito deveria ter sido totalmente cortado no sentido da corrida. Vi vários carros, inclusivamente de equipas e familiares de triatletas, a circularem no percurso;
4. Além da sempre desejável água no final da prova, a oferta de fruta (maçã, banana, pêra, laranja), são sempre do agrado dos triatletas.
Quanto à minha participação, começo por referir o ambiente muito agradável e familiar do grupo de triatletas e familiares dos mesmos, da equipa à qual pertenço: o COMPEED/Clube de Triatlo do Oeste.
No que diz respeito à prova propriamente dita, tive uma natação sofrível, agravada pelo facto de não ser permitida a utilização do fato isotérmico, visto que a água estava a 24º e, assim sendo, o tempo que estive de molho foi muito mais que o desejável, o que me obrigou a recuperar mais de 40 posições em outros tantos quilómetros do percurso de ciclismo, terminando com uma corrida a pé bastante consistente, conseguindo, inclusive, volta após volta, aumentar o ritmo. Resumindo: foi um desempenho bastante satisfatório.
Resultados finais:
1. Natação (1500 metros): 31m37s;
2. Ciclismo (39 quilómetros): 1h09m45s;
3. Atletismo (9,2 quilómetros): 35m53s;
4. Tempo final: 2h17m16s;
5. Classificação final absoluta: 20º lugar absoluto (105 triatletas à partida e 104 triatletas na linha de meta);
6. Classificação final no escalão Sénior: 11º lugar (50 triatletas).
7. Classificação final por equipas: 2º Lugar para o COMPEED/TRI-OESTE, com 7 triatletas nos 20 primeiros lugares.
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