Há muitos anos que não fazia o Triatlo do Ambiente em Oeiras e confesso que foi com muito agrado que voltei a competir numa prova que é um clássico do calendário de Triatlo.
Os recordes de participantes, divididos em prova e aberta e Campeonato Nacional de Clubes, foram batidos, reflexo do interesse que a modalidade suscita em praticantes de várias faixas etárias, níveis de condição física, géneros, estratos sociais e raças. É neste ponto que a próxima direção da Federação de Triatlo de Portugal também deverá apostar se quiser aumentar substancialmente o número de praticantes não filiados e sobretudo, os filiados, ou seja, o Triatlo é uma modalidade olímpica, portanto, relacionada com o alto rendimento, mas qualquer cidadão pode e deve praticar a modalidade ou uma das suas variantes, nas mais diversas distâncias propostas, porque é um desporto onde há espaço e tempo para todos participarem, desafiarem e evoluírem. É preciso desmistificar que o Triatlo é sempre uma modalidade extremamente exigente a nível financeiro, físico e psicológico. Essa realidade aplica-se à alta competição ou aos triatletas que definem objectivos mais exigentes e ambiciosos, seja em termos de classificações, tempos finais ou distâncias mais longas, como é o caso da mítica distância ironman.
Quanto ao meu desempenho em prova, após uma semana praticamente sem treinar, por opção, fiquem surpreendido com o resultado no segmento de natação, durante o qual consegui entrar na água sem problemas, nem atropelos de maior, tendo apenas sido claramente abafado na viragem da primeira bóia, onde a confusão se instalou devido à corrente. Parece óbvio que se investir um pouco mais neste segmento, num dia normal, poderei baixar dos 12 minutos em 750 metros e dos 25 minutos em 1500metros, com fato isotérmico. O tempo dirá se consigo motivar-me e empenhar-me para operar essa mudança.
Após uma transição bem conseguida, entrei num percurso de ciclismo demasiado rápido e fácil para quem se limita a seguir em grupo sem repartir esforços na cabeça do grupo. Muito sinceramente, já nem ligo muito ao assunto, limitando-me a pedalar o mais rápido que for possível e se alguém quiser ajudar, aproveito e agradeço, porque não há tempo a perder a pedir ajuda ou a organizar o grupo onde me insiro. É simples: quando não quiserem puxar, puxo eu!
Na corrida final, em consequência, do desgaste do ciclismo, da reduzida frequência de treinos semanais e da pouca vontade em correr mais rápido, evitei uma intensidade demasiado elevada, e limitei-me a cumprir a distância em modo de semi-conforto, completamente o oposto daquilo que sucedeu há uma semana no Triatlo de Peniche.
O pior de tudo foi depois da prova, quando comecei a sentir várias contraturas e uma fadiga tal que me deixou lento de movimentos e com uma soneira descomunal. É a consequência natural de fazer provas sem treinar regulamente.
Mas aproxima-se o Triatlo de Vila Viçosa, outro clássico do calendário nacional, e tendo em conta as características da prova, só de pensar, já me sinto motivado. Até já desenhei o esboço do plano de treinos específico para a prova. Só falta começar a treinar, que é o que farei a seguir a publicar esta mensagem, aproveitando bem a hora de almoço.
Um agradecimento especial a todas as pessoas com quem falei, que me incentivaram ao longo da prova e que fizeram registos fotográficos. A juntar a estes importantes aspectos, não posso deixar de referir o companheirismo e a amizade entre atletas e acompanhantes do do Ateneu Artístico Cartaxense. Obviamente, a base desta satisfação é a prática pura e simples do Triatlo, mas a isso se somar todos os outros aspectos que referi, os treinos e a participação em provas tornam-se muito mais agradáveis.
Resumo da prova:
1. Natação (750 m): 12:46;
2. Ciclismo (19.3 kms), 31:38;
3. Corrida (5 kms): 18:17, 28º parcial;
4. Tempo final: 1:02:42 ;
5. Classificação final absoluta: 58º lugar absoluto (382 triatletas na linha de partida e 372 triatletas na linha de meta);
6. Classificação final no escalão sénior: 13º classificado, em 128 participantes.
2. Ciclismo (19.3 kms), 31:38;
3. Corrida (5 kms): 18:17, 28º parcial;
4. Tempo final: 1:02:42 ;
5. Classificação final absoluta: 58º lugar absoluto (382 triatletas na linha de partida e 372 triatletas na linha de meta);
6. Classificação final no escalão sénior: 13º classificado, em 128 participantes.
Mais informações em:
Federação de Triatlo de Portugal
Federação de Triatlo de Portugal
Triatlo de Espinho, 16 de junho de 2012, 750m a nadar, 20 kms a pedalar e 5 kms a correr.
2 comentários:
Boas Pedro!
Gosto muito mais de te ver (ler) assim empenhado e motivado nos teus objectivos.
Vamos lá trabalhar para essas provas e esses 12/25 minutos...
Um abraço e até Espinho!
Olá Hugo,
Como está essa saúde?
E esses treinos?
Sim, prefiro estar motivado. Mas a solo é muito mais difícil manter um nível constante e aceitável de motivação, empenho e regularidade aos treinos.
Até sábado.
Abraço,
PP
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