Entrei no sistema de ensino com 6 anos de idade, e não mais saí, até ao dias de hoje. Após 18 anos como aluno, passei para o "lado de lá", como professor. Tive centenas, ou mesmo, alguns milhares de colegas de turma e de escola, e como professor, já leccionei aulas, seguramente, a mais de 1000 alunos diferentes, em particular, aos que se encontram na faixa etária entre os 12 e os 16 anos.
Portanto, após 31 anos no sistema de ensino português, posso afirmar com toda a propriedade que, pelo menos, registou-se uma significativa evolução da espécie, na fase adolescente em particular.
Recolhendo dados do passado, por exemplo, um adolescente da minha geração, irreverente e contestatário, perante uma tarefa proposta pelo professor exclamaria alto e em bom som: "Mas para que é que eu preciso disto?"
Nos tempos que correm, os adolescentes refinaram-se, e perante semelhante tarefa, proposta pelo docente, não se limitam a contestar; põem em causa a tarefa, o professor e, sabiamente, sabem o que é melhor para eles, expressando-se mais ou menos desta forma: "F_ _ _ - _ _ ! Que seca! Porque é que temos que fazer esta m _ _ _ _ ?! Porque não fazemos outra m_ _ _ _ que gostamos e que não nos dê tanto trabalho?!"
Conclusão: a espécie evoluí muito, imenso...não sabe sabe é para quê, nem para onde; mas evoluiu!
2 comentários:
E na volta, o paizinho lá em casa, ainda acha muita gracinha ao que o filho disse ao professor porque só demonstra que é um puto irreverente. Calma Pedro. Abraço e descontrai nos treinos.
Há "pais" que só o foram, no momento do prazer(?); tudo o resto delegaram nos outros.
Sim, nos treinos e provas liberto a furia ;-)
Um abraço.
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