sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Marcos desportivos

Em 2014, serão 28 os anos de prática desportiva de competição. Treinar, para melhor competir, deve ser um ato contínuo, prolongado no tempo, para quem quer atingir objetivos concretos. Apesar de não ter nascido um prodígio desportivo, orgulho-me de, com a motivação suficiente, bastante empenho e esforço ter alcançado alguns desempenhos desportivos interessantes, precisamente porque me dediquei ao treino.

Neste percurso de quase três décadas, o ato de preparar o corpo para os desafios desportivos esteve sempre recheado de obstáculos. Aliás, o primeiro obstáculo diário era e continuará a ser uma parte da própria mente a implorar-me para não levar o corpo para longe do conforto. Mas a parte boa da mente levou maioritariamente a melhor. Mas outras e muitas dificuldades foram surgindo, das quais destaco alguns períodos de doença e lesões desportivas.

Os anos vão passando, o corpo envelhece - ou fica mais experiente, conforme a perspectiva -, as capacidades físicas vão diminuindo, as obrigações profissionais tornam-se mais exigentes, a vida familiar fica gradualmente mais preenchida e os dias continuam a ter apenas 24 horas.

Se me perguntarem quais foram alguns dos momentos mais marcantes da minha vida desportiva, rapidamente, serei capaz de enumerar alguns, seja cronologicamente ou por atividade desportiva. Esses marcos referem-se a situações que alteraram significativamente o meu percurso desportivo e forçaram-me a repensar, reorganizar e redefinir boa parte ou a totalidade dos aspetos e fatores que giram ao redor e influenciam a minha prática desportiva.

De novo, estou perante um desses acontecimentos marcantes.

A atividade física, em particular o treino desportivo, é um dos pilares fundamentais da minha personalidade e, certamente, razão pela qual ainda mantenho uma boa forma física e alguma sanidade mental. Não é fácil abdicar de mim próprio! Mas também quero continuar cumprir com quem me rodeia e merece a minha dedicação para manter firmes os restantes pilares de uma estrutura que se quer equilibrada.

As mudanças foram pensadas, estão planeadas e esforçar-me-ei para provocar mais uma adaptação profunda nas minhas rotinas de vida, tal como no dia em que decidi que em vez de ir apanhar o primeiro autocarro de regresso a casa após um dia de escola, ficaria a dar voltas a correr a um campo de futebol até à hora de apanhar o último autocarro, no qual entraria todo suado e com o estômago vazio, mas com o corpo e a mente repletos de boas sensações por ter completado um treino.

1 comentário:

Samuel Martins Pinheiro disse...

Excelente crónica de vida!