quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Os jogadores

O campeonato começou e as equipas estão a disputar os jogos, cada uma com as suas táticas. Independentemente da realização, ou não, de uma boa pré-temporada, para suportar o impacto de cada desgastante jornada e no final de cada do tempo regulamentar saírem vitoriosas, as equipas já pouco ou nada poderão fazer nesta fase, de modo a alterar substancialmente a respetiva filosofia de jogo.

Os presidentes dos clubes assistem ansiosos nos camarotes, nas bancadas ou nos bancos de suplentes e tentam aconselhar e, frequentemente, pressionar os capitães de equipa para obter performances com nota artística.

Os treinadores fazem o que podem, e por vezes o que não podem, de acordo com a sua experiência, lucidez, perspicácia e bom senso, para encontrarem um equilíbrio entre a eficácia da equipa e o espetáculo para o público.

Os jogadores são os elementos centrais do jogo e todos os olhos e ouvidos estão concentrados no que fazem e no que dizem, de cada vez que entram em campo. Existem jogadores com os mais diversos perfis: os jogadores que têm potencial e ficam no banco; os jogadores que estão na equipa só para fazer número; os jogadores que pensam que jogam muito e só marcam autogolos; os jogadores que não treinam e querem jogar e ganhar mas não têm ritmo competitivo; os jogadores que treinam imenso, mas não os deixam render o máximo em jogo; os jogadores que, desesperadamente, trocam de equipa várias vezes para tentar ganhar qualquer coisa a todo o custo; os jogadores que ficam impossibilitados de jogar numa divisão e tentam jogar noutra divisão diferente; os jogadores que como capitães de equipa, perderam todos os jogos e voltam a ser capitães de outra equipa e...voltam a perder; os jogadores que foram capitães numa equipa e não se importam de ser sub capitães numa equipa diferente; os jogadores que mudam para uma equipa melhor e depois vão defrontar um familiar que é o treinador de outra equipa; os jogadores que já foram campeões numa equipa e passados uns anos pretendem ser vencedores por uma equipa diferente; e; existem os vencedores natos, porque têm qualidades, preparam-se bem, puxam pela equipa e ganham.

O público já não vai aos espaços de jogo como antigamente, quer seja pelo comodismo, quer pelo preço a pagar por um espetáculo demasiado caro (e demasiado pobre) para os resultados obtidos, ou, acima de tudo, por se sentir descrente em relação à verdade e transparência deste jogo.

Dia 29 de setembro, temos mais uma jornada importante e no final de cada jogo, ou se perde, ou se ganha. Não se empata. Mas existem demasiados empatas, cujo maior contributo que poderiam ter dado ao jogo era: não ter jogado!

Sem comentários: